ARTES PLÁSTICAS

Arte Prehispánico
Ela é dividida em períodos: formação pré-clássico (1500 aC-300 dC), clássico ou floração, (300-900) e pós-clássico (900-1540). O material cerâmico é o mais comum no registro arqueológico dos Andes. A escultura escultura em pedra, esteve presente nos eventos culturais e artísticos em Chavin, localizado em Conchucos (Huari, Ancash). Os têxteis pré-Inca e Inca foram feitos com técnicas muito criativas e sofisticadas, tanto na finura dos fios, nas cores,na urdidura e na trama do tecido, como pelos temas que representavam. A maioria destes tecidos recria o mundo natural pré-hispânico e, especialmente, o seu universo mental, e nos aproxima de suas riquezas ideológico-cultural.

Arte virreinal
Nas artes, a queda do Imperio Inca interrumpeu violentamente as tradições autóctonas, deslocadas pela cultura visual européia. diferentemente do simbolismo dominante na arte incaica, a pintura e escultura do Renacimento impostas pelos conquistadores, tinham como base a perspectiva e a representación "realista" do mundo visível. A pintura virreinal ou colonial, teve três grandes influências: a italiana, a flamenca e a espahola

Barroco Andino e a "Escuela Cusqueña":
Zurbarán é muito influente no Barroco Hispanoamericano e Lima é a cidade com maior número de obras relacionadas com a sua oficina.No século XVII a pintura cuzquenha recebe a influência italiana de estilo manierista. A segunda metade desse século apresenta características diferentes, devido à influência dos desenhos e gravuras flamencas. A escola de pintura colonial cusquenha, talvez a mais importante da América colonial espahola, se caracteriza pela originalidade e grande valor artístico. Essa pintura é "cuzqueña" porque sai de mão de artistas locais e se afasta da influência das correntes predominantes na arte européia.
Apintura de cavalete em Lima estava fortemente influenciada pela pintura flamenca, mais acadêmica. A escultura, especialmente a practicada em Lima, sempre manteve muita proximidade das modas européias.
Na arquitetura, o mais sobressalente, sem dúvida, é o barroco mestiço, que floreceu na região que vai de Arequipa a Puno, enriquecido pelos materiais e artistas autóctonos que, como descreve o filósofo Bolívar Echevarria em "La clave barroca de la América latina": Para rescatar a la vida social de la amenaza de barbarie, y ante la imposibilidad de reconstruir sus mundos antiguos, tan complejos y tan frágiles, esa capa indígena derrotada emprendió en la práctica, espontáneamente, sin pregonar planes ni proyectos, la reconstrucción o re-creación de la civilización europea --ibérica-- en América.

Arte Republicano
A instabilidade do estado republicano criado em 1821 impediu que se iniciaram projetos de longo alcance. Os géneros que dependíam do poder político e eclesiástico, como a arquitetura, a escultura monumental e a pintura, no se renovam até meados do século XIX. Historiadores identificaram inclusive um processo de “indianização” republicana, guiado pela recuperação demográfica esocial das comunidades indígenas. Las tradições derivadas da época colonial, como a pintura devocional, o entalhe de pedra de Huamanga, e os tenalhes emabóbora (mate burilado),a prataria, tecidos e outros objetos de uso cotidiano, vão construindo um estilo popular diferenciado, caracterizado por uma vitalidade expressiva. Se impoõe um novo mapa cultural, que fortalece a diversidade e establece os grandes diferenciais regionais que até hoje definem o panorama da arte no Peru.

Costumbristas e acadêmicos:
A arte acadêmico perde vínculos com Europa, e não acompaha a evolução notável da segunda metade do século XIX. No limite da arte popular, a ilustração descritiva começou a servir para construir uma noção da especificidade local, e diferenciar o pais das demais nações da região e do mundo. A aquarela costumbrista e a fotografia de paisagem forjaram as primeiras representações oficiais do Peru. Esse "costumbrismo" permitiu às élites limenhas diferenciar-se do passado, abraçar algumas modas européias e, ao mesmo tempo, preservar uma cultura criolla, ou mestiça, em textos e imagens. Ainda em estreita relação com a capital, existiu uma pintura de costumes e um paisagismo paralelos, regionais, que fuoram ignorados e cuja história resulta difícil de reconstruir hoje.

Só depois de 1850 a arte acadêmico, influenciada pelos modelos italianos e franceses, apresenta algum vigor e retoma algum prestígio epelas mãos de Ignacio Merino, que inclusive inspirou Julio Verne a escrever um de seus primeiros relatos, "Martín Paz". Merino murreu tuberculoso em Paris, em 1876. As velhas e novas burguesias e o poder público, alentados pela riqueza da indústria guanera (adubo natural) retomam projetos de modernização arquitetônica, em Lima, principalmente. Ainda assim, o cenário do desenvolvimento das artes era bastante limitado no final da década de 1890.

Século XX e o auge dos nacionalismos
O século XX se iniciou como uma prolongacção das tendências anteriores. Muitos pintores que viajaram para estudarna Europa, nunca voltaram. O precário funcionamento da recente Escuela Nacinal de Bellas Artes criou um vazio institucional que favoreceu os géneros menores; o desenho, a caricatura e a fotografia até a década de 1920. Em 192. ohistoriador Luis E. Valcárcel afirmou que, a diferença dos gregos e romanos, "os peruanos podem resistir a mais severa análise sem que o químico encontre elementos básicos alheios ao nosso meio geoétnico". O indígen,a e a sua cultura, apareceram como o eixo construtivo da nação, como a sua essência originária e original. Essa visão se refletiu nas artes plásticas da época e prevaleceu até a década de 1940.

Arte Contemporâneo
(conteúdo em revisão)